I tried my best to be guarded, i'm an open book instead.


Estou em pedaços. Em tantos pedaços, que seria uma tarefa árdua para eu junta-los novamente. Estou caindo, com o coração estraçalhado por palavras perfurantes que você acaba me dizendo sem perceber. E sem saídas, eu choro. Você me pergunta se está tudo bem, é claro que não está.
O seu abraço é tão reconfortante que sinto mais vontade ainda de chorar, por não tê-lo sempre comigo. Sabe o que eu mais gosto em você? É que você realmente não se importa com a cor da pele, ou com o tipo físico, você faz qualquer pessoa se sentir especial. Talvez seja hipocrisia de sua parte, não sei, mas pessoas assim são tão raras. Desde o último abraço, o seu cheiro peculiar está em minhas mãos, tenho vontade de nunca mais lavá-las. Parece mentira, mas te vejo em cada rosto, o vento traiçoeiro trás para mim o seu cheiro e a frase que me disse, ecoa como músicas em meus ouvidos. Eu tentei guardar isso só para mim, mas sou um livro aberto. E tenho certeza de que você já sabe de tudo isso.

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Resultado do Seminário Literário

Ontem saiu o resultado do Seminário Literário do Colégio Mater Christi. Para o 1º ano “B”, a minha turma, o resultado não foi muito satisfatório. Ainda assim, quero parabenizar a todos os meus colegas de classe, e como algum poeta que morreu de amor disse um dia: “O importante é competir”, quero dizer que competir ao lado de vocês foi muito bom. Nesse Seminário Literário a união venceu todas as barreiras, brigas e intrigas que havia dentro da sala e fez acontecer de um modo inesperado. E também gostaria de expressar a minha felicidade por eu, junto à Sandrelly Costa, ter ganhado o concurso de melhor conto. Devemos a nossa vitória a três pessoas em especial, que nos ajudou bastante com idéias: Libna Rissa, Maria Clara Fernandes e Jessica Sombra. Para os curiosos que sempre me perguntaram que conto é esse, aqui vai o tal:

Pela Luz Dos Olhos Teus

Numa noite se vê a luz do luar sobre as águas e minha mente reflete sombras temerosas. Os sons já não são alegres, as pessoas já não agem com naturalidade, nesta comunidade, onde são o que querem ser e não o que devem. Pensamentos sobrenaturais invadem suas cabeças e os tornam anjos da noite, vagos pelo mundo. Desta janela vejo em ângulo reto o que se passa no outro lado da rua. Logo à frente, avisto a mansão mais cobiçada, a dos Smiths, que perderam recentemente seu filho, o Roy. Sou novato na vizinhança, mas pude notar que os últimos dias não têm sido os melhores.
Neste momento, lembro-me do mais intrigante dos casos. E de folha em folha, no meu confidente fiel -o diário-, escrevo as memórias que me atormentam.
Tudo começou na semana em que cheguei a esta cidade. Fui convidado pelos Smiths a um jantar receptivo em sua mansão. Pude conhecer o local mais belo que já vi na vida. Logo na entrada, tive a surpresa de me deparar com um enorme jardim luminoso, em forma de labirinto. O Sr. Smith me ajudou a contorná-lo. O fim do labirinto levava a uma alta escadaria pedrosa, mas o que me chamou atenção foi um casebre muito escuro e velho, localizado no fundo do jardim, que pude observar enquanto subia os degraus. Tive a ousadia de perguntar ao Sr. Andy Smith o que seria aquilo. Ele me falou que era apenas uma velha oficina que mantinha ali há anos.
Adentrando a mansão, observei os mínimos detalhes. As paredes em cores mórbidas pareciam trazer um passado lendário, três grandes lâminas reluzentes de espadas estavam apregoadas sobre a parede principal da sala, o piso brilhoso me lembrara fama, o teto em arquitetura medieval lembrava guerras, os objetos me traziam medo, pareciam ser perfurantes. Logo é chegada a hora do jantar. As louças em cristais, facas bem afiadas, pratos quadráticos e pontudos, copos transparentes espelhados estão dispostos sobre uma mesa de longa fachada, que ocupara uma boa parte da sala de jantar. Ao lado uma lareira acesa, queimando apenas o frio que nos envolvia naquela estação. As anfitriãs, em suas indumentárias formais, tomaram seus lugares à mesa após eu me sentar. O Sr. Andy conversava comigo sobre seus trabalhos de cirurgião e projetos.
Após o jantar, quando já saía da casa dos Smiths, tomado pela curiosidade, acabei entrando no pequeno casebre. O recinto tinha sua iluminação originada de uma chama bruxuleante que flamejava em um lampião ali contido. Mais alguns passos e notei que havia um papel já gasto, sobre uma mesa de carvalho empoeirada, no qual havia escrito: “Sirvo de audiência para solidão, estou impaciente e aflita, implorando socorro. Ninguém sabe o que eu sofro.” A surpresa foi inevitável, já que ninguém ali aparentava sofrer de tal depressão, pois os Smiths eram a típica família rica, que tinham uma filha bonita e inteligente,um filho adolescente intelectual, uma esposa dedicada e de beleza exuberante, e um marido sagaz. Na saída do recinto, dei uma última olhada e foi neste momento que pude perceber que o local não se tratava apenas de uma oficina – parecia mesmo que alguém havia vivido ali por um tempo.
Durante aquela noite, não consegui cerrar os olhos, minha imaginação me fez ir muito além. Aquele bilhete me fez reviver meu estado de espírito em um passado não muito distante. Um flashback indesejado passava-se em minha mente, onde eu relembrava os últimos momentos de vida de meu filho. Logo após, pude ver como em um filme, cada segundo de sofrimento por sua perda. Na manhã seguinte, resolvi fazer um passeio matinal por um parque, tentando esquecer o intrigante bilhete. Após algumas voltas, encontrei uma figura familiar, era uma das empregadas dos Smiths. Parei para cumprimentá-la e ela me respondeu com um leve aceno. Não havia notado o quão atraente era ela. Cabelos rubros esvoaçavam enquanto os seus olhos anilados brilhavam. Mas me parecia um pouco preocupada. O filho dos Smiths, o Roy, havia desaparecido naquele dia. Tratei de me dirigir com urgência ao trabalho – com certeza saberia mais sobre o caso por lá. Iniciaram-se as buscas graças a uma denúncia anônima. O corpo do garoto foi encontrado no dia seguinte sobre uma superfície rochosa. O menino se encontrava esfaqueado e ainda ensangüentado, com a cabeça rompida ao corpo. Me senti muito mal ao ver aquela cena. A frustração e o choque me atingiram com um arrepio violento. As pálpebras semi-abertas mostravam a ausência de seus olhos. Engoli a seco ao perceber que a criatura lembrava o meu falecido filho. Minha garganta abafou um grito em um pequeno gemido. Sentia-me com o dever de vingar o crime, mas não sabia se aquilo seria o certo a se fazer. A perícia recolheu o corpo e, para o meu alívio, o cobriu com uma manta militar verde escura.
Dois dias se passaram e a polícia buscava por provas que levassem ao assassino. No trabalho, enquanto esperava ansiosamente por alguma ligação, um punho bateu em minha porta e ordenei que entrasse. Um homem de cabelos grisalhos, trajando um jaleco entrou, trazendo a notícia de como a morte do garoto foi causada. Segundo ele, o que causou a morte não foi a quantidade de perfurações no corpo do garoto e sim o fato de sua cabeça ter sido degolada, esse foi o ponto mortal. Como detetive, fui visitar os Smiths para levar esse resultado. Eles haviam saído, mas logo estariam de volta, então resolvi esperá-los. Aproveitei para admirar a bela mansão, e ao olhar a parede principal, pude perceber que algo ali faltava. Mas como não tinha esquecido o bilhete e o casebre, resolvi ir até lá. O local parecia um pouco mais organizado do que naquela noite, significava que alguém esteve ali. Sobre a mesa estavam agora duas maletas de metal. Abri uma delas e dentro continha materiais cirúrgicos. Vasculhei entre bisturis e alicates, apenas por curiosidade. Até que, ao fundo, encontrei um alicate com uma mancha amarronzada em seu cabo. Guardei-o no bolso e abri a outra maleta. O mal cheiro foi quase insuportável e mais insuportável ainda foi olhar para o seu conteúdo, eram vasilhames de vidro cheios de olhos de todos os tipos, conservados em formol. Quase deixei escapar dentre minhas mãos um daqueles potes, e as borboletas em meu estômago bateram asas bruscamente. Devolvi o pote à maleta e saí correndo, aterrorizado. Ao chegar em casa, nem meia dúzia de doses de um bom Martini conseguiram amenizar a minha aflição, decidi então tomar um banho. Foi rápido, porém, não menos relaxante. Quando já saía, dei uma pequena olhada no espelho, devido ao susto de ver lágrimas de sangue em meus olhos, meu corpo foi impulsionado para trás. Tentei enxugá-las, foi quando percebi que eram pingos de água que escorriam de meu cabelo. Era o início das alucinações.
Passaram-se duas semanas e as investigações não incriminavam ninguém, até que o médico legista veio novamente a minha porta. Desta vez, trouxe-me uma nova pista: a lâmina responsável pelos ferimentos do garoto provavelmente pertencia a uma espada de prata de estrutura medieval. A partir daí, o quebra-cabeça – que parecia ser aquele assassinato – foi se encaixando: Andy Smith se tornou o principal suspeito. Como médico, ele sabia perfeitamente os órgãos vitais e o que faltava na parede da casa, provavelmente seria a arma do crime. Quase que instantaneamente lembrei do alicate encontrado no velho casebre e enviei para o laboratório de análise. Após algumas horas, recebi o resultado. O sangue contido no alicate não tinha parentesco algum com o do Roy e pertencia à empregada Ana Karkaroff. Significava que o Dr. Smith havia torturado sua empregada.
Meu dever de profissional seria, com a ajuda da empregada, encontrar provas concretas para efetuar a prisão do Andy. O ódio que fluía de mim era quase incontrolável, misturava-se à tristeza e solidão, formando um único sentimento indescritível. A situação era injusta. Enquanto alguns pais - como eu - imploravam por ter o filho em seus braços, os outros assassinavam os seus descendentes.
As visitas à casa dos Smiths se tornaram constantes quando eles se ausentavam. Com a ajuda de Ana, pude vasculhar cada centímetro do casebre. Dei-me por vencido, não havia mais nada para incriminar Andy Smith, não ali. Quando já saia, prestei a atenção ao barulho vindo do chão. Agachei-me, bati com o punho sobre o gasto piso de madeira. O vazio sob as tiras amadeiradas me respondeu com um eco. Era estranho que em um casebre contido ao fundo de um jardim haja um piso oco. Eu sentia vontade de retirar algumas tiras de madeira, mas me contive. Estava um tanto obcecado pelo caso, tinha certeza de aquilo não passava de algo da arquitetura antiquada.
À medida que se passava o tempo, minha relação com Ana se tornava mais íntima. O sotaque russo da bela empregada era encantador, juntamente de seu perfeito sorriso e seus cabelos em chamas. Ela exercia uma espécie de magia involuntária sobre mim. A atração parecia ser recíproca. Nossa relação ultrapassou os limites de apertos de mãos, e eu me sentia bem.
Apesar de está envolvido nos encantos de Ana Karkaroff, o caso ainda me atormentava. Entreguei à polícia todas as provas que consegui, que até então havia mantido em segredo. O cinismo do Sr. Smith ao negar as acusações me deixava irritado, fazia-me querer espancá-lo. Andrew Smith permanecia em prisão domiciliar até que o juiz desse a sua sentença.
Já ao lado de Ana Karkaroff passei noites e dias. Ela começou a visitar frequentemente minha casa, conheceu meus segredos e pontos fracos. Minha paixão por ela se tornou incontrolável. No quarto de minha casa, Ana pediu que eu buscasse um perfume em sua bolsa. Vasculhando o fundo da bolsa encontrei uma carta. Vi que era para o pai de Ana, então como não o conhecia, fiquei curioso para saber algo sobre ele. Lembro-me perfeitamente do que havia escrito, pois se tratava de uma grande revelação: “Pai, trago-lhe boas novas. Nosso jogo O-L-H-O-S finalmente teve fim. Este último da nossa lista, derrotei recentemente. Agora estamos vingados dessas famílias e temos os olhos de um membro por família. São olhos encantadores, que iremos inserir em nossa coleção.
O jogo
O'Conner

Lautner

Hallmark

Oriordan

Smith

Quanto a sua prisão, poderei pagar sua fiança logo, logo. Descobri o cofre dos Smiths que fica no piso de um casebre. “
Depois que li isso, caí no chão do quarto e chorei, arrancando meus cabelos. Isso foi um tanto chocante, um pouco demais para mim. Nunca imaginei que uma pessoa tão meiga como a Ana Karkaroff, fosse capaz de uma barbaridade dessas, matando inocentes. De fato, sua simpatia era apenas superficial e seus sentimentos por mim também. Ser uma serial killer é sinal de imensa crueldade. Estava apaixonado por uma assassina, senti nojo de mim mesmo. A vontade que tive foi de esfaquear esta mulher, o ódio me possuiu por inteiro. Mas não me igualaria àquela assassina. Após Ana sair de minha casa, risquei as paredes do meu quarto, atirei objetos para todos os lados e tentei atingir até mesmo meus olhos, mas de início não consegui.
Sim, eu estava tomado pela loucura, e até hoje, ainda estou. Não tenho mais forças para continuar e estas são minhas últimas palavras antes de minha decisão final. As luzes que transborda dos olhos de Ana são luzes sombrias, mas meus olhos ainda brilham por ela e aqui se acaba a minha vida, já que não seguirei os seus passos. Quero que você saiba, meu caro diário, que em poucos minutos vou descansar, dessa vez, eternamente. Fico aliviado ao saber que não terei mais olhos para enxergar tantas brutalidades. Já que o que os olhos não vêem, o coração não sente.

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Sobre o amor e o desamor.


Bom, aqui vai uma coisinha que escrevi há uns dois anos. Tinha esse meu texto no perfil do meu amigo, daí tive vontade de postar aqui. É bobinho, mas enfim...

Guardo meus sentimentos no fundo da gaveta
não queria te dizer, mas eu te amo
não é aquela coisa "Romeu e Julieta".

Mas quem sabe algum dia, a gente poderia
ver um mundo de uma maneira,
na qual ninguém mais vê
então a gente iria,
iria realmente viver.
Viver o amor.

Amor, a droga da alma
que nos ilude, nos embebeda
mas enfim nos acalma.

Amor, veneno para um moribundo
nos corrompe, nos mata, nos
leva pro fundo.

Amor, coisa perigosa,
que nos engana,
nos deixa imundos,
pior que erva venenosa.

Amor, dias de pranto,
de sofrimento, porém de
puro encanto.

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Do latim 'mater' | Mais um desabafo.


Poxa, quando você vai entender que eu não sou feita de ferro? Eu tenho sentimentos, ok? Quando você vai parar de passar na cara que eu não sou uma boa filha? Você acha que eu não me sinto mal por isso? Droga!
Porra mãe, eu sei que você não vai ler isso, mas bem que eu adoraria que lesse. Aposto que nunca me viu chorando, então acha que eu não ligo para suas ofensas, mas na verdade eu choro.
E para de exigir de mim algo que eu não posso dar. Vê se para também de me comparar aos outros, eu odeio isso. Ah é, esqueci que você não sabe absolutamente nada sobre mim, nada que eu gosto, nada que eu odeio. Você nunca fez questão de me conhecer de verdade. E eu quero deixar claro que por mais capitalista que eu seja, o dinheiro não pode comprar minha felicidade.
Você exige respeito, amor e paciência? Pois aprenda a exigir apenas aquilo que você é capaz de fazer também.
Eu não estou culpando você e meu pai por meu sofrimento, mas por favor, só quero um pouquinho de paz.

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“O mundo não é insano por natureza. Somos nós que o enlouquecemos.”


A solidão, sozinha, me faz companhia.
A loucura já não é tão insana quanto os outros acham que é.
O tédio começa a ser divertido.
As gargalhadas começam a representar desespero.
As lagrimas agora mostram euforia.
Ao olhar para frente, nada é visto.
Ao fechar os olhos, posso enxergar um mundo de coisas.
Em folhas em branco, está escrita a história do nada.
A vida passou a ser uma caixinha de surpresa que não surpreende.
O que você acha que é tudo isso?
Insanidade? Incerteza? Insegurança?
Não faria sentido se esse texto fosse escrito de em outra forma
Afinal, sou um paradoxo vivo.

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Desabafo.


O que tenho percebido nos últimos dias é que sou cercada por uma sociedade onde cada membro pratica assiduamente o egocentrismo. Certo dia, li que o assunto que os seres-humanos mais gostam de falar é sobre si mesmo. Sim, falar sobre si é ótimo, mas quando tem alguém disposto a ouvir. Mentiria se dissesse que não gosto de falar de mim, mas em alguns casos prefiro ouvir. Gosto de ouvir depoimentos alheios, gosto de saber as bandas favoritas das pessoas, gosto de conhecer as pessoas, mas realmente tem assuntos que não me interessam. Não quero saber quem é o mais gostoso do seu Orkut, ou com quantos garotos você ficou naquela festa, ou o quanto a sua bunda é maior do que a minha, ou o quanto você é mais magro que eu. Realmente, não me interessa. Para mim, esses assuntos não passam de baboseiras que pessoas desprovidas de inteligência.
E parece que ultimamente, todo mundo está programado para ser fútil. Eu quero ter alguém para debater sobre assuntos interessantes, interpretar músicas e textos. Amizade não se trata apenas de um idiota disposto a ouvir suas aventuras "interessantíssimas". ¬¬
Bom, esse é o meu desabafo. Me lembrou aquela música do Marcelo D2: ♪Deixa, deixa, deixa eu dizer o que penso dessa vida, preciso demais desabafar.♪

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