A vida, consiste em encontros e despedidas, ou seja, nascimentos e mortes. As pessoas nascem puras, mas o mundo as corrompe. Algumas são fortes e se mantêm puras até o fim da vida, essas pessoas são tão raras, que costumo chamá-las de anjos. A questão é que os anjos andam deixando a Terra. O que será de nós? Recentemente, perdi dois anjos. Mas consigo me lembrar perfeitamente, e espero que essas memórias fiquem para sempre. Um dos anjos que conheci, tinha de fato características angelicais, desde os cabelos encaracolados e louros, aos olhos anilados. Consigo lembrar nitidamente, nas tardes em que a visitava, e como ela era dentista, nem sempre era confortável. E enquanto eu chorava muito, ela me acalmava com a sua doce voz, mas que voz... Sim, ela tinha uma voz divina também e cantarolava enquanto atendia aos seus pacientes, acalmando-os e confortando-os com simples canções. E era incrível o modo em que ela cantava Canção da Despedida, que só agora parece ter algum sentido. Outra coisa que nunca vou esquecer, é o jeito delicado e caridoso em que tratava todas as pessoas, independente da classe social ou a cor de sua pale. Foi realmente um anjo, um anjo que deixou a Terra.
O outro anjo, podia não ter as mesmas características físicas angelicais, mesmo assim, a sua gentileza tamanha, que poderia ser facilmente confundida com um anjo. A mesma, tinha um dom de nos fazer sentir bem, de nos confortar. Com a doçura de sua voz, acalmava e divertia a muitos. Vai fazer muita falta, esse foi mais um anjo que se foi.
E eu sei, que os dois anjos, estarão em um bom lugar, em uma hora dessas...
Canção da Despedida.
Boy, i hear you in my dreams [...] I keep you with me in my heart... ♥
Quando nos apaixonamos e sabemos que o amor é platônico, reprimimos o nosso sentimento o máximo possível, a ponto de não aguentar a pressão e deixar tudo se esvair em lágrimas.
É interessante, o modo em como sonhamos com àquela pessoa, de como imaginamos o seu toque a cada vez que fechamos os olhos, de como desejamos sentir o seu perfume quando o vento bate.
E você perde horas de seu dia, imaginando um futuro perfeito, planejando um casamento lindo e uma vida brilhante, até escolhe uma música 'tema' para esse amor. Você sente aquela esperança, como se tudo tivesse prestes a acontecer, como se a pessoa tivesse aos seus pés, pronta para te pedir em casamento. Então, uma onda de alegria te invade, deixando você mais eufórico do que nunca. E você continua lá, com os olhos cerrados, acreditando que tudo é real. Até o momento em que você é obrigado a abrir o olhos, e ver que a realidade é totalmente diferente dos seus sonhos. É como se você fosse um bonequinho de vidro, alguém lhe atirasse uma pedra e você se estilhaçasse em milhares de pedaços cortantes.
Então você fica com muita raiva de si mesmo. Talvez pelo fato de você, supostamente, não ser bom o suficiente para essa pessoa. Por que sempre nos culpamos? Porque nunca pensamos que o verdadeiro idiota da história foi a outra pessoa?