Infinito.

Ficou na janela um tempão. Passou gente, passou carro, só o tempo que não. Nem a saudade que assolava o seu peito. Contentou-se em ficar ali, estática, como uma rosa enraizada em um jarro distante da luz. Sem esta luz, não podia crescer, nem estender os seus galhos, nem ao menos fortificar os seus espinhos. Murchou, ficou marrom e as pétalas caíram. Nem água quis. E ela permanecia na janela. Passava gente, passava carro, mas os minutos congelaram-se no infinito.

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