Nothing...

Ser. Eu queria ser. Como uma alma livre, nesse imensa e profunda lacuna. É um vazio negro, tão escuro que não posso ver um palmo além de meu nariz. Não tem como saber o que será. Não tem como dizer o que me espera no segundo seguinte. Só me resta ser. Sem saída, sem objetivos. Apenas ser. Deixando que o vento leve minha alma em qualquer direção. Deixando que eu escale altas montanhas e caia em profundos abismos. Já não sinto dor. Nem prazeres. Apenas esse vazio negro. O que esperar? O que almejar? Só sei que existo, e continuarei existindo até não mais saber de nada. E virarei nada.

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