Nothing...
Querido amor anônimo...
Epílogos e finais.
Infinito.
Ficou na janela um tempão. Passou gente, passou carro, só o tempo que não. Nem a saudade que assolava o seu peito. Contentou-se em ficar ali, estática, como uma rosa enraizada em um jarro distante da luz. Sem esta luz, não podia crescer, nem estender os seus galhos, nem ao menos fortificar os seus espinhos. Murchou, ficou marrom e as pétalas caíram. Nem água quis. E ela permanecia na janela. Passava gente, passava carro, mas os minutos congelaram-se no infinito.
It's just that it's delicate,
Deitou-se tarde, naquela noite. Ainda assim, não tinha sono. Levantou-se por algumas vezes, tomou água e leite quente, comeu alguns biscoitos e voltou para a cama. Duas, duas e meia. Não dormiu. Era uma espécie de angústia, que parecia não querer passar. O telefone tocou, era ele. Coração agrediu violentamente a caixa torácica. Atendeu, tentando manter a voz firme. Eles conversaram sobre os dia, sobre filmes, sobre livros e desenhos animados.