Neverland...

O texto a seguir, foi escrito por meu amigo Rogerio Galdino, com o qual eu aprendi várias coisas em um curto intervalo de tempo. Considerei suas palavras como uma verdadeira obra prima, então nada mais justo do que compartilhar com os meus caros leitores. Para finalizar, obrigada Rogerio, por tudo.




A Terra Do Nunca


Eu sempre vivi em busca da terra do nunca... Um lugar mágico e sem fim, onde as ideias brotam como lindas flores e os pensamentos são admirados, por mais sonhador que seja o pensante.
Eu sempre vivi em busca da terra do nunca... Mágico e admirado, um lugar perfeito. Sem preconceitos ou distinção. Onde apenas o nascer seria motivo para viver, onde o pensar seria sinônimo de agir. Onde até os mais incautos teriam opinião. As mentiras, desnecessárias em suma existência, seriam apenas más lembranças.
Eu tive que esquecer a terra do nunca... Lugar esse que comecei a esquecer, ele nunca bateu com a realidade. Apenas fruto de um delírio, ideias fúteis e egoístas de um lugar acima da realidade. A terra do nunca se quebrou, como um espelho contra o chão, mas não me trouxe azar, apenas ganhei tristeza. A minha sonhada terra perfeita foi esquecida, culpa da bebida alucinógena que é a vida real.
Eu esqueci a terra do nunca... Finalmente, cresci por obrigação, esqueci o meu sonho, irreal e tolo. Tornei-me um alguém maior. Um triste alguém maior. Pensei que não mais encontraria minha fantasiosa terra imaginaria, mas estava, mais uma vez, enganado. Sim! Eu não sabia que tudo que procurava (toda a terra do nunca) estava escondido em um olhar, um simples e simpático olhar.
Eu finalmente encontrei a terra do nunca! Eu a desenhei em seus olhos, tirando as cores do lindo sorriso que os acompanha. Percebi que era fácil inventar e ainda mais criar. Vi meus pensamentos tomarem formas e tudo ao meu redor fluir. Percebi que o perfeito não é impossível e que o mágico, por mais autêntico que seja, é simples e comum. Eu vi que a simplicidade presente naqueles olhos me servia como manto. Vi a aceitação brotar daquela fonte inesgotável.
Eu encarei a terra do nunca... Senti-a tomar conta de mim. Enxerguei seu mais puro existir, um existir tão simples e perfeito que a filosofia era imprestável para desvendá-lo. A terra do nunca foi me apresentada como uma visão. Uma magnífica e linda visão: SEUS OLHOS.
Porém, novamente fiquei sujeito a um ápice de duvidas. Como viver naqueles olhos? Como decorar aquele sorriso? Então, mais uma vez, me vi sem saída. Afinal, como algo tão perfeito e complexo poderia existir através de algo tão comum? E por que apenas nos seus olhos?
Eu entendi a terra do nunca... Eis que a resposta era muito simples. A minha terra do nunca era apenas uma pintura em mente e, como todo artista, estava apenas esperando a tela certa. Então, eu encontro algo em você para servir de tela, dois belos olhos. Sem definições, apenas perfeitos.
Eu perdi a terra do nunca... Mas a minha resposta era apenas vocês, você e mais ninguém. Porém o “você” é muito perfeito, e se não quiser ficar ao meu lado, eu tenho que entender. Apenas direi para o resto da minha vida: eu te amo.

Rogerio Galdino

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3 comentários:

Rogerio Murdoc disse...

Acha isso bonito? Me matar de vergonha. ttt

Não sei o que ver nos meus textos. .-.'

Deângela disse...

Simplesmente perfeito *.*

Eduardo disse...

Bonito texto \o/~

Parabéns ao autor ;D~